segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O tempo ensina muitas coisas

I
Tudo que se faz com o tempo é jogá-lo fora. Por isso, aproveitar o tempo é a forma mais eficaz de fazer algo útil com ele. Nem sempre nos organizamos para isso. Mas podemos usá-lo a nosso favor quando pensamos o que não devemos fazer para desperdiçá-lo.

II
Não fazer coisas das quais se arrependa. Regra que serve para todos a qualquer hora. Algo dito em hora errada, uma escolha malfeita, atos impensados costumam entrar para o rol dos arrependimentos. Criar conflitos é outra coisa que devemos abdicar. Se para ter razão, tiver de se opor, é melhor não. Passo ao largo para não criar inimigos. Ninguém precisa deles.

III
Não ir a lugares sem volta. Sair de casa com um propósito é melhor que sair a esmo. E principalmente consultar o horóscopo, o mapa astral, a cartomante sobre onde está indo. Pode ser que a hora de Marte indique uma briga. Pode parecer poético, mas é muito prático saber exatamente onde se vai, e ser muito bem convidado. Chegar inesperadamente pode custar bem mais do que não ter aparecido.

IV
O tempo funciona como uma tela para novas escolhas. O que fizemos sempre reflete algo que não devemos fazer de novo. O que faremos para frente não pode ter nenhuma semelhança com um erro passado, senão a probabilidade é de errar de novo. Teimosia não vai levar a lugar algum. 

V
Use o tempo para orar. Isso faz com que o espírito fique solto em vez de aprisionado durante o dia. As 24 horas podem parecer sufocantes para quem está pensando em outra coisa enquanto faz suas atividades diárias. A cada minuto livre, pense em algo bom. Tem o mesmo efeito da oração. 

VI
Não queira mal às pessoas. Maldizer, praguejar, desejar azar funciona como um fax: manda-se uma cópia, mas fica-se com o original. O mesmo que desejou a alguém pode lhe acontecer também. É só uma questão de... tempo.

VII
Planeje sua vida e aja imediatamente. Não adianta só planejar. Entrar em ação faz parte da estratégia. A mudança de atitude é o primeiro passo para algo novo. Ter o que fazer é melhor do que não fazer nada. Nem que seja não fazer. As opções têm sempre duas faces: fazer ou não fazer. A felicidade depende das boas escolhas. 

VIII
Melhor escolher do que não escolher. A abstenção ou ficar em cima do muro tem um preço muito alto para quem não gosta de decidir. A decisão é um instrumento assertivo da personalidade. Saber escolher faz parte da educação. E pode confiar na sua intuição. A primeira besteira que pensar está correta. Se pensar muito, estraga.

IX
Seja você mesmo e não mude de personagem. Vai levar algum tempo até descobrir que você é o seu melhor personagem. E ninguém mais poderá representá-lo. Ser autêntico é a melhor forma de aproveitar o tempo, assim não terá desperdiçado nenhum minuto. 

X
Não minta para si mesmo, nem para ninguém. A mentira tem o poder de confiscar o tempo vivido. Tudo é cancelado ao ser descoberta. É como se não tivesse feito nada. Já imaginou? Terá de começar tudo de novo, falando a verdade, mas correndo o risco de ninguém mais acreditar em você.

XI
O tempo ensina muitas coisas, principalmente o que não fazer. O que fazer é fácil, é o que sobra do outro lado. Mas isso não exclui as escolhas. Isso é o livre-arbítrio. E daí vem a regra de ouro: não faça aos outros o que não gostaria que fizessem a você. Se o que for fazer não ficar bem na primeira página do jornal, não faça. Poderá se arrepender pelo resto de sua vida.

Rio de Janeiro, 4/02/2013 - 23h53 






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